Estudo foi publicado, na revista Ciência & Saúde Coletiva, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva.
Foi publicado, na revista Ciência & Saúde Coletiva, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, um estudo realizado por estudantes do curso de Medicina e a professora Maria Cláudia Schardosim Cotta de Souza. O artigo, denominado "Impacto da pandemia do Covid-19 na vacinação de crianças de até um ano de idade: um estudo ecológico", abordou como a mudanças de hábitos e rotinas causadas pela pandemia de Covid-19 afetaram a busca por atendimentos na área da saúde e, em decorrência, impactaram os índices de vacinação para doenças infantis.
Foi realizado um estudo de caráter observacional ecológico, abrangendo todo o território brasileiro, observando o períodos 2013 a 2020. Foram analisados os dados de cobertura vacinal para dez vacinas presentes no calendário do Ministério da Saúde para crianças de até um ano de idade: BCG, Hepatite B, Rotavírus, Pentavalente, Pneumocócica 10V, Poliomielite, Meningocócica C, primeira dose da Tríplice Viral, reforço da Pneumocócica 10V e reforço da Meningocócica C. As informações foram extraídas do Sistema de Avaliação do Programa de Imunizações, disponibilizadas por meio de banco de dados de domínio público pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS).
Como resultados, a equipe observou a cobertura destas vacinas em crianças de até um ano diminuiu 11% em 2020 em relação ao ano anterior. Dentre as dez vacinas analisadas, nove apresentaram o seu menor valor histórico de cobertura, todas estando a no mínimo 14 pontos percentuais abaixo da meta do Ministério da Saúde. Já havia uma tendência de queda na cobertura vacinal, porém em 2020 essa redução foi maior que a que vinha sendo registrada nos anos prévios, fenômeno que também ocorreu em outros países. Dessa forma, os autores concluem que mesmo com a previsão de queda, a pandemia acentuou essa redução.
Conforme os pesquisadores, a ocorrência de quedas na cobertura vacinal preocupam a comunidade médica, pois as vacinas aplicadas na infância são uma forma extremamente eficaz e barata para controlar epidemias de doenças potencialmente fatais para a população. Um dos exemplos clássicos acerca da relevância das vacinas é o da varíola, que foi erradicada graças ao amplo uso de imunizantes.
A íntegra do artigo pode ser conferida neste link.
São autores desta pesquisa:
- Guilherme Silveira Procianoy - Graduando de Medicina
- Fabiano Rossini Junior - Graduando de Medicina
- Anita Faccini Lied - Graduanda de Medicina
- Luís Fernando Pagliaro Probst Jung - Graduando de Medicina
- Maria Cláudia Schardosim Cotta de Souza - Professora do Depto de Saúde Coletiva
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