Missão

Estabelecer estrutura para o desenvolvimento de produtos biotecnológicos para imunoterapia em câncer e infecções virais.

Objetivos

Neste estudo coordenado pela UFCSPA em rede com centros de excelência do RS, do Brasil e do exterior composta por pesquisadores especializados em imunoterapia, genômica, nanotecnologia, biologia estrutural, biologia molecular, o objetivo geral é desenvolver drogas imunoterápicas – anticorpos monoclonais; ADCs (anticorpos conjugados a pequenas moléculas) e pequenas moléculas – criando uma base P&D que impulsione o desenvolvimento de empresas gaúchas competitivas nesse segmento.

A importância da pesquisa

Este projeto de pesquisa visa incluir o estado do RS nesta virada de jogo mundial da terapia imunológica. Desenvolveremos anticorpos monoclonais e ADCs (anticorpos conjugados a pequenas moléculas) para imunoterapia oncológica e de doenças virais, em estágio pré-clínico, com prova de conceito robusta. Em uma parceria entre diferentes instituições, incluindo universidades e hospitais renomados, criaremos uma estrutura de P&D especializada em fornecer alternativas nacionais de produtos para imunoterapia, que sejam competitivas para seguir o fluxo regulatório, até alcançar o mercado.

A proposta apresentada lança as bases para desenvolver tecnologia de última geração utilizando técnicas de biotecnologia imunológica e molecular para isolar anticorpos já existentes em células do sangue humano (plasmoblastos) que reconheçam os alvos desejados, bem como estratégias de aprimorar esse reconhecimento e ação utilizando técnicas in silico de biologia estrutural, testando os resultados de eficácia e de segurança em modelos pré-clínicos.

Essa estratégia é hoje utilizada no desenvolvimento de imunoterapias já em testes clínicos para HIV (Caskey, Klein, and Nussenzweig 2016), Ebola vírus (Corti et al. 2016) e câncer, evitando o tempo necessário para humanizar anticorpos monoclonais desenvolvidos em roedores e o uso de animais. A mesma tecnologia foi empregada no desenvolvimento dos anticorpos monoclonais usados hoje no tratamento da COVID-19. O projeto criará uma base de informação biológica caracterizando os tumores da população do RS, constituindo assim uma base de descoberta para novos alvos e moléculas.

Nesse caminho, planejamos a formação e capacitação de recursos humanos não apenas para a academia, mas contemplando também o mercado de trabalho para o setor produtivo, que carece de profissionais com experiência técnica, gestora e jurídica na área de desenvolvimento de novas drogas.